sábado, 14 de janeiro de 2012
PROGRAMAÇÃO BOTE FÉ ASSÚ
PROGRAMAÇÃO BOTE FÉ ASSÚ
14/02 – Terça-feira
16h30min – Acolhida (em frente 10° Batalhão de Policia Militar)
Bispo Diocesano – Dom Mariano Manzana
Pároco da São João Batista- Padre Francisco Canindé
Pároco da Bem Aventurada- Padre Gerônimo Dantas
17h – Chegada dos Símbolos da Jornada Mundial ( Cruz e o Ícone de Maria) / Solenidade de entrega dos Ícones
17h30min – Caminhada com Trio Elétrico ( Show com a Banda Inspiração Divina)
19h00 – Solene Celebração Eucarística (Igreja Matriz de São João Batista)
20h20min – Continuação da Caminhada rumo a Igreja da Bem Aventurada Irmã Lindalva e São Cristóvão
21h30min – Inicio da Vigília e Mística
15/02 – Quarta-feira
04h30min- ( Madrugada) - Procissão Motorizada com destino ao local onde será construído o Santuário da Bem Aventurada Irmã Lindalva
05h30min – (Manhã) Solenidade da Ficção da Réplica da Cruz
07h00min –(Manhã) Saída e envio da Cruz a cidade de Campo Grande
http://igrejasaojoseassurn.blogspot.com
BOTE FÉ ASSÚ
Assú será a primeira cidade da Diocese de Mossoró a receber a cruz símbolo da Jornada Mundial de Juventude.
A cidade de Assú receberá dia 14 de fevereiro a cruz símbolo da Jornada Mundial de Juventude, que saiu da cidade de Madri na Espanha, onde aconteceu o último evento que reuniu jovens católicos do mundo inteiro; e peregrinará várias cidades do Brasil até chegar ao Rio de Janeiro, local sede da próxima Jornada Mundial de Juventude em 2013.
Em nossa paróquia os preparativos para o evento que celebrará este momento de fé, já começaram. Nesta quinta-feira (12 de janeiro) houve um encontro no 10° Batalhão de Policia Militar de Assú, objetivando acertar parcerias para bem realizar as ações do evento. A coordenação da Pastoral da Juventude do Meio Popular da cidade do Assú/RN, representado por Thiago Queiroz, que definiram a programação e continuam mobilizados com objetivo de realizar o evento que ficará na história da comunidade católica do Assú, afirma Tiago.
Além da pastoral da juventude e agentes pastorais das paróquias de São João Batista, São Cristóvão e Irmã Lindalva, também compõem a equipe organizadora do evento o comandante do 10° Batalhão de Policia Militar, o Major Antônio Marinho da Silva; a Líder Comunitária e membro da Associação dos Conselhos de Segurança Pública do Vale do Açú, Genilda Lima; o comandante do Núcleo de Operações Rodoviárias Estaduais (NORE), Tenente Thiago César, e o enfermeiro Breno Stanley.
O evento foi denominado pela organização de: “Assú Bote Fé”, no qual os membros da comissão acreditam que seja um momento de celebrar, refletir e sentir a presença viva de Deus na fé dos jovens e toda comunidade católica assuense. Ocorrerá durante a programação uma caminhada com a cruz, saindo do Bairro Farol ao Anfiteatro Acelino Costa Leitão; um ato solene pela paz; depoimentos de agentes pastorais; orações e músicas. Chegando ao Anfiteatro haverá uma missa com o Bispo diocesano, Dom Mariano Manzana, por fim, ocorrerá uma caminhada com destino á paróquia da Bem Aventurada Irmã Lindalva e São Cristóvão na COHAB.
Mais informações sobre o “Assú Bote Fé” serão noticiadas em breve nos meio de comunicação da região.
Jobielson Silva
http://igrejasaojoseassurn.blogspot.com
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Dom José Freire: bispo da era de ouro da Igreja
* 09/03/1928
+ 10/01/2012
Morre Dom José Freire de Oliveira Neto, 83 anos, o segundo bispo filho da diocese, natural do município de Apodi, RN. Ele foi, inicialmente, auxiliar de Dom Gentil Diniz Barreto, e, depois, nomeado pelo papa, bispo da diocese de Mossoró. Governou a diocese durante 20 anos, de 14 de março de 1984 a 17 de outubro de 2004.
Dom Freire pertence à safra dos bispos de grandes ideais, que marcou a era de ouro da Igreja no Brasil. Na diocese, ele escancarou as portas da Igreja para os leigos, criou as assembleias de pastoral, o planejamento participativo, reacendeu as pastorais sociais. Ele é da geração dos bispos militantes da Igreja Pós-Conciliar, tinha opções eclesiais claras e causas nobres, ao lado de brilhantes figuras no episcopado, como Aloísio Lorscheider, José Maria Pires, Hélder Camâra, Paulo Evaristo, Eugênio Sales, Luciano Mendes e outros. O novo jeito de fazer e de ser Igreja, a partir das inovações libertadoras dos documentos pós-conciliares, alimentavam a esperança e o dinamismo pastoral dos bispos.
Naquela época, 1984, ainda vivendo sob a ditadura militar, havia no episcopado brasileiro, os bispos que optaram ficar do lado do povo, lutando pelo resgate da democracia, por justiça social e pela liberdade de expressão. Dom Freire era um deles.
Iniciou seus estudos de padre no seminário de Santa Teresinha em Mossoró, depois continuou no Seminário de São Leopoldo, RS, e, concluiu com o mestrado em Ciências da Educação, com especialização em catequese, pela Pontifícia Universidade Salesiana, em Roma.
Era nostálgico e, ao mesmo tempo, divertido, escutar Dom Freire falando da sua bela história vocacional. Várias vezes, no seminário Santa Teresinha, nós, seminaristas, tivemos a oportunidade de escutá-lo: narrava com detalhes, desde o dia em que chegou de trem em Mossoró pra entrar no seminário menor, suas viagens de navio para São Leopoldo, sua relação de amizade com Sátiro e Américo, que, na época, também eram seminaristas.
Estudando na Europa, Dom Freire continuou fiel ao modelo de Igreja das comunidades de base, povo de Deus. Vivia com o corpo na Europa e cabeça na Igreja da América Latina. Motivado pela primavera inovadora que vinha do recente Concílio Vaticano II, Dom Freire ousou escrever sobre Catequese Renovada, que na época, causava um certo tremor e temor nos homens do Vaticano.
Voltando ao Brasil, foi referência nacional na área catequética, proferia conferências nos regionais e dioceses de todo o país. Foi um dos redatores do documento oficial nº 26, "Catequese Renovada", da CNBB. Dom Hélder Câmara o estimava muito e o chamava de bispo da catequese. Penso que, a catequese no Brasil, especialmente no Regional Nordeste II, tem uma grande dívida com Dom Freire.
Cada um pode descrever características que identificam o episcopado de Dom Freire. Eu, também, tenho as minhas. Hoje, quando recordo a missa dominical das nove horas, na Catedral, transmitida pela Rural, rapidamente vem a imagem de Dom Freire. Ainda criança, morando no sítio Bartolomeu, ouvia aquela voz: "meus irmãos e irmãs presentes na catedral de Santa Luzia e ouvintes de casa".
Chegando em Mossoró pra estudar, passei a entender o porquê de algumas homilias do bispo terem um tom bastante social e profético. Ele denunciava as injustiças, falava ousadamente do descaso administrativo da secular oligarquia rosado; falava da corrupção que imperava/impera nos sistemas públicos. Ele portava no início do seu episcopado a identidade de um pastor, que carrega as dores e as angústias do povo, dos injustiçados, dos preferidos do Reino. Nos últimos anos do seu episcopado, pouco a pouco, ele se distanciou das questões ligadas aos problemas sociais, seu tom profético já não era mais o mesmo. Não sei o que houve. Talvez tenha sido consequência da idade e do peso do cajado. Pena.
Outra característica determinante no episcopado de Dom Freire foi o zelo pelas pastorais sociais: CEAPAC (Centro de Apoio a Projetos Alternativos Comunitário), CPT (Comissão da Pastoral da Terra) Cáritas, Pastoral da Criança, entre outras. Dom Freire entendia que, ser pastor em uma realidade, onde a maioria vive à margem dos direitos humanos básicos, não priorizar a pastoral social, seria como marginalizar na Igreja o próprio Jesus Cristo, ou seja, relativizar o tão sonhado Reino de Deus, revelado por Jesus nas Bem-Aventuranças de Mateus.
As vocações sacerdotais também são uma característica basilar no governo de Dom Freire. Ele dizia que "o seminário é a menina dos olhos do bispo". Sou fruto da sua época. Tínhamos no seminário, semanalmente, dois encontros sagrados com o bispo: na missa, terça-feira, às 6 da manhã e no terço das quartas-feiras, às 7 da noite. O pouco namorico que ainda tenho com Santa Teresinha é culpa de Dom Freire. Nunca vi tanto amor por uma jovem santa, como aquele de Dom Freire com Teresinha de Lisieux. Falava dela como que tivesse crescido e vivido, desde criança, ao seu lado. Conhecia tudo, desde a cor dos sapatos que Teresinha usava, até os tipos de transas que fazia no cabelo. Penso que toda Mossoró já ouviu, pelo menos uma vez, Dom Freire falando, por exemplo, expressões como: "Santa Teresinha, a doutora do amor" ou "Santa Teresinha dizia: quero passar o meu céu, fazendo o bem sobre a terra".
Olhando também os dois grandes amigos contemporâneos de Dom Freire, Mons. Américo e Pe. Sátiro, conseguimos ver algo parecido. Se para Dom Freire, o seu maior xodó era Santa Teresinha, para Mons Américo, era Santa Luzia, e para Pe. Sátiro, São Francisco e Santa Clara, além de um afeto danado com Santo Agostinho e São João da Cruz. Precisaria perguntar a Sátiro, quem destes citados, ocupa o primeiro lugar.
Medo. Era a emoção que aflorava quando precisava conversar com Dom Freire. Eu nunca tive um bom português e, perto de Dom Freire, pior ainda. Ele era culto no clássico português. No seminário, quando havia reunião ou missa com ele, corrigia publicamente nossos erros gramaticais. Então, ficar calado era a melhor forma para não ser repreendido.
Todavia, embora Dom Freire revelasse esse lado autoritário de ser, ele tinha também seu lado humano e afetuoso. Era gostoso viajar com ele, visitá-lo em sua casa. Saber escutar e compreensivo eram duas virtudes que admirava em Dom Freire.
Hoje, particularmente, agradeço ao Pai Criador por tudo o que Dom Freire fez por mim. Fui acolhido por ele no seminário, foi quem me ordenou padre em São Miguel. Logo após ser ordenado, mesmo sem experiência suficiente, ele me confiou a responsabilidade de cuidar da formação dos seminaristas. Enfim, eterna gratidão ao nosso bom Deus, pelo bem que Dom Freire fez à Igreja de Mossoró e à sociedade em geral.
Descanse em paz.
Padre Talvacy Chaves
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Diocese de Mossoró de Luto Pela Morte de Dom José Freire
MISSA EXEQUIAL - 9h.
SEPULTAMENTO - Na Catedral de Santa Luzia - após a Missa Exequial.
Transmissão: Rádio Rural de Mossoró, FM Santa Clara, FM Cidadania de Alexandria, Rádio Boa Semente de Almino Afonso/RN e FM Vida de Martins-RN.
Faleceu em Mossoró Dom José Freire de Oliveira Neto
Lema Episcopal : Configuratus Mortis Eius - Semelhante a Ele na morte.
O bispo emérito de Mossoró (RN), Dom José Freire de Oliveira Neto, 83 anos, faleceu na madrugada de hoje, dia 10, no Hospital Wilson Rosado, vítima de uma parada cardíaca. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital desde o dia 31 de dezembro de 2011, em função de um AVC Hemorrágico.
O corpo de Dom José Freire será conduzido para Apodi, sua cidade Natal, onde será velado até as primeiras horas da tarde. A chegada a Mossoró está prevista para às 14h de hoje, sendo velado na Catedral de Santa Luzia até amanhã às 9h, quando será celebrada a Missa de corpo presente e posteriormente realizado o sepultamento na própria Catedral.
Dom José Freire de Oliveira Neto, Bispo emérito, natural de Apodi- RN, nasceu aos 09 de março de 1928, filho de José Freire de Oliveira Neto e Francisca Celsa de Oliveira.
Nos anos de 1944 a 1949 fez curso ginasial no Seminário Santa Teresinha, em Mossoró. De 1950 a 1952 cursou Filosofia no Seminário Central de São Leopoldo- RS,seguindo, logo após, para Roma onde cursou Teologia na Pontífícia Universidade Gregoriana.
Aos 22 de setembro de 1956, foi ordenado presbítero, em Roma, por Dom Luís Luigi Traglia. Aos 03 de novembro de 1973, foi eleito Bispo Auxiliar de Mossoró, recebendo sagração episcopal aos 02 de junho de 1974, na Capela do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, em Roma; Sendo Dom Gentil Dinis Barreto, o bispo consagrante. No dia 18 de julho 1975, foi apresentado ao povo da Diocese de Mossoró, em solenidade na Catedral de Santa Luzia. Em 1979 foi nomeado bispo coadjutor. Assumiu interinamente o governo diocesano, aos 14 de março de 1984, por ocasião da renúncia de Dom Gentil Diniz Barreto.
Títulos Acadêmicos
Licenciatura em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma- Itália.
Mestrado em Ciências da Educação, com especialização em Catequese, pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma.
Em Mossoró, desempenhou as seguintes funções
Professor, Capelão, Presidente do Instituto Amântino Câmara, Reitor do Seminário Santa Teresinha, Diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia e Vigário Episcopal das Religiosas.
Na Conferência Nacional dos Bispo do Brasil- CNBB
Desempenhou o cargo de Coordenador da Comissão de Catequese do Regional Nordeste II, da CNBB, composto das 20 dioceses que compreende as províncias eclesiásticas do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
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